A agência espacial europeia contratou dois estudos de conceito para avaliar as tecnologias para gerar energia do espaço e transmiti-la para a Terra.
A agência espacial europeia, a ESA, contratou estudos de conceito com duas consultorias, a Arthur D Little e a Thales Alenia Space Italy, que visam analisar a viabilidade do projeto Solaris, cujo objetivo é gerar energia solar fotovoltaica no espaço e transmiti-la sem fio para a Terra.
Imagem: Divulgação
A grande vantagem da solução disruptiva é disponibilizar energia de forma ininterrupta, já que a radiação solar na órbita da Terra não tem obstáculos.
Com planejamento de serem concluídos até o fim de 2023, os conceitos desenvolvidos pelos estudos servirão como referência para as atividades de pesquisa e desenvolvimento que devem ser promovidas pela ESA.
Aprovado pelo conselho da agência em novembro de 2021, o projeto Solaris tem meta de realizar estudos e desenvolvimentos tecnológicos nos próximos dois anos e meio, para avaliar os benefícios, opções de implementação, as oportunidades comerciais e os riscos da chamada energia solar de base espacial.
O objetivo da pesquisa é que a Europa consiga ter uma decisão pública sobre a solução inovadora até o fim de 2025.
Caso a resolução seja positiva, o organograma do projeto seguirá com a implementação para a escala comercial, começando com um demonstrador em órbita de subescala para transmitir energia do espaço para a Terra.
Entre as tecnologias de transmissão de energia sem fio que devem ser avaliadas pelos dois estudos contratados, estão a radiofrequência, as soluções a laser e a opção de simplesmente refletir a luz solar até fazendas solares no solo.
Além da iniciativa europeia, outras regiões do mundo também se movimentam para aproveitar a energia solar espacial.
Nos Estados Unidos, um satélite demonstrativo do Caltech - Instituto de Tecnologia da Califórnia foi lançado em órbita em janeiro para testar tecnologias-chave, incluindo a transmissão de energia solar por micro-ondas.
No Japão, uma missão demonstrativa está planejada para 2025, enquanto a China tem iniciativa semelhante marcada para 2028, sendo que o país asiático já tem uma instalação de transmissão de energia sem fio em teste em solo.
Fonte: Fotovolt
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